Um rio nasce do nada, tal como as estrelas são douradas e o fogo é incandescente. A água corre, enrola-se e serpenteia. Da nascente até à foz. A vida inteira.
Para pensar
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Humidade
Slips molhados loucos de humidade,
seios destapados de ouro enrolados
nessa areia que é fogo.
Sabe a maresia a luz da noite,
essa lua à solta pela praia
deserta e cheia de ti.
Enrolam-se as cores dos trapos esquecidos
no mar de conchas ávidas de sentidos,
nas ondas intensas do prazer.
Soltam-se pelo corpo mais pedidos
de navegar nas costas, ao vento
na pele da minha sede.
Percorre-me pelos lábios tal loucura
que movimenta e verte água do meu ser;
É a nua chama de sentir.
Olhos semicerrados, ventres colados,
Apertam-se dedos de música tocados
e unem-se as coxas outra vez.
Arrepios provocados, soluços defraudados
Intensas ousadias causadas
que te entreguei.
Dunas esquecidas, húmidas de vida,
enchem os corpos em frenesim
de ondas salgadas.
Cabe à lua quando quiser
oferecer por mim o amor
que me prende à mulher.
Alexandre Reis (H8)
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4 comentários:
Olá Alexandre,
Muito obrigada pela sua visita... Dando- me assim a oportunidade de visitar também o seu belo " cantinho", onde impera a boa poesia!
Neste poema... deixei- me envolver pelas emoções...
Escreva... Escreva meu poeta!!!
PS: Onde me descobriu... tenho que alterar o nome e a foto...:)
Abraço amigo da
Maria Valadas
Ahhhh... Peço desculpa... Mas era para o avisar que tenho um problema no acesso aos links... Assim que ele estiver resolvido, terei muito gosto em o adicionar!
Abraço da maria
Palavras ao vento que o vento não leva.
Muito obrigado!
Somos os dois recém-inscritos no Luso-Poetas, certo? É daí...
o cheiro da maresia, o sal na pele, misturado com suor e protector solar... as dunas ao cair da noite... divãs fofos que se desfazem à passagem dos corpos... que bela provocação, gracias!
ficou apenas o vestígio da imagem, mas estou a ver que ainda tenho muito que salobrear por aqui!
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