Um rio nasce do nada, tal como as estrelas são douradas e o fogo é incandescente. A água corre, enrola-se e serpenteia. Da nascente até à foz. A vida inteira.

Para pensar

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Nenhum ano novo



À beira de um ano novo
acende-se o lume
apaga-se o fogo.
Ateia-se a chama
desvenda-se o ciúme
faz-se tudo de novo.

Fermenta o destino
a labareda do povo
que salta o abismo.
No repique do sino
sente-se o orgasmo
e chega-se ao cume.

Sentado ao lume
sem fogo e com fome
que resta do mundo
para onde vai o Homem?

Alexandre Reis (Z12)